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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Roteiro do curso Ensino Online - Iniciação

O documento abaixo foi criado com o objetivo de ser a linha orientadora do curso Ensino Online - Iniciação desenvolvido no www.freemoodle.org.Este curso foi desenvolvido por mim, Débora e por minha colega de mestrado Carla Cardoso.Link do curso: http://www.freemoodle.org/course/view.php?id=162
Roteiro do curso Ensino Online - Iniciação
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domingo, 1 de janeiro de 2012

Práticas Pedagógicas em e-learning

No âmbito do Mestrado em Pedagogia do Elearning da Universidade Aberta de Lisboa, na unidade curricular Processos Pedagógicos em Elearning, foi proposto na atividade 2, realizar uma pequena investigação sobre práticas pedagógicas reais em elearning, através do recurso a uma entrevista a um(a) professor(a)/formador(a) online e a elaboração de um artigo científico com base na análise da entrevista, recursos consultados e numa reflexão pessoal.

A primeira fase da atividade residiu na seleção de possíveis entrevistados, professores/formadores, em contexto online. A nossa escolha incidiu sobre Manuela Francisco, Instrucional Designer do Instituto Politécnico de Leiria, Unidade de Ensino a Distância (UED) e Stephen Downes, sendo este um dos autores estudados e referênciados no decurso deste mestrado.

O resultado desta atividade, realizada por mim, Débora Cunha, e pela Carla Cardoso (carlafcardoso@gmail.com) encontra-se aglutinado na wiki: http://entrevistappel5.wikispaces.com/.


Boa leitura!!

domingo, 13 de novembro de 2011

Web 2.0, Personal Learning Environments, and the Future of Learning Management Systems (Bibliografia anotada)

Sclater, Niall. (2008). Web 2.0, Personal Learning Environments, and the Future of Learning Management Systems (Research Bulletin, Issue 13). Boulder, CO: EDUCAUSE Center for Applied Research. Disponível em: http://net.educause.edu/ir/library/pdf/ERB0813.pdf. [acedido em novembro de 2011].
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Resumo: Niall Sclater, diretor do Programa de Ambiente Virtual de Aprendizagem da Universidade Aberta do Reino Unido, em seu boletim de pesquisa, examina o sistema de gestão de aprendizagem -  LMS (Learning Management System) como meio principal de organizar a aprendizagem on-line de estudantes universitários, com argumentos contra e a favor à sua utilização nas instituições de ensino.

Relata que grande parte dos debates sobre as deficiências dos LMS ocorre na blogosfera, e uma boa dose se centra em torno do conceito de um Ambiente Pessoal de Aprendizagem – PLE (Personal Learning Environment).

Niall refere que os recursos de comunicação de uma plataforma LMS são mal utilizados na maioria das instituições, sendo estes, principalmente, armazenadores de anotações de aula e de apresentações de PowerPoint.

Contrapõe o uso dos LMS com os PLE como existindo a necessidade de aproveitar o poder de uma gama de ferramentas, serviços e conteúdos externos à instituição, onde os alunos podem utilizá-los durante seus estudos. Analisa ainda uma possível junção entre o LMS institucionais, nomeadamente o Moodle e as ferramentas Web 2.0 existentes num PLE.

Refere que uma motivação para a utilização de um PLE  é que os estudantes podem ser tecnicamente responsáveis em cuidar dos seus próprios materiais de aprendizagem e ainda diz que este, o PLE, não pode ser baseado apenas em um navegador Web com acesso à Internet assumido que os estudantes tem também a necessidade de acesso offline aos conteúdos e também às ferramentas.

Cita ainda que há tentativas emergentes para integrar as funcionalidades LMS com sistemas de redes sociais, contudo levanta a questão de que este fato tem como uma desvantagem a possível publicidade intrusiva e o fato de que informações privadas postadas nestes locais, nas redes sociais,  podem ser utilizados para fins comerciais, deturpando o uso direcionado à aprendizagem.

Comentário: Esta pesquisa revela-se bastante interessante no que concerne o LMS, PLE e suas utilizações em ambientes formais de ensino, sendo esta de leitura essencial para o início de um aprofundamento nestes temas e continuação de possíveis investigações nessa área de conhecimento.

sábado, 12 de novembro de 2011

Personal Learning Environments - the future of eLearning? (Bibliografia anotada)

Attwell, G. (2007). Personal Learning Environments - the future of eLearning?. eLearning Papers vol. 2, nº 1. Disponível em: http://www.elearningeuropa.info/files/media/media11561.pdf. [acedido em novembro de 2011].
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Resumo: Este artigo explora o tema Ambiente Pessoal de Aprendizagem (Personal Learning Environment – PLE)  referindo que estes não são uma aplicação, mas sim uma nova abordagem para o uso de tecnologias para aprendizagem e considera-os por isso que podem ser úteis ou mesmo o ponto central para o aprendizado no futuro. Analisa a ideia de que o Ambiente Pessoal de Aprendizagem reconhece que a aprendizagem é contínua ao longo da vida.

Refere também a evolução tecnológica, especialmente a emergência da computação ubíqua e o desenvolvimento do software social, oferecendo este a oportunidade aos que antes eram consumidores de informação tornarem-se produtores, através da criação e partilha de conteúdos.

O autor acredita que estamos começando a perceber que não podemos simplesmente reproduzir as formas anteriores de aprendizagem. Em vez disso, temos que olhar para as novas oportunidades de aprendizagem oferecidas pelas tecnologias emergentes. 

No entanto aprendizagem e desenvolvimento do conhecimento têm sido vistos colocados em domínios separados. Os PLE, usados dentro de empresas, têm o potencial de facilitar a formação e desenvolvimento e, ao mesmo tempo desenvolver a aprendizagem organizacional dentro da própria empresa.

Comentário: Este artigo introduz o conceito de PLE de uma forma fácil e esclarecedora, explorando o contexto onde ele é principalmente útil, a aprendizagem ao longo da vida, podendo no entanto ter caráter facilitador  em toda a aprendizagem, não podendo por isso ser ignorado.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Personal Learning Environment - PLE

“A ideia por trás do ambiente de aprendizagem pessoal (PLE) é que a gestão da aprendizagem migra da instituição para o aluno. O PLE se conecta a uma série de serviços remotos, alguns especializados no aprendizado e outros não. O acesso à aprendizagem torna-se o acesso aos recursos e serviços oferecidos por esses serviços remotos. O PLE permite que o aluno não apenas consuma recursos de aprendizagem, mas também os produza. A aprendizagem, portanto, evolui de transferência de conteúdo e conhecimento para produção de conteúdos e conhecimento”. (Stephen Downes)



https://cacoo.com/diagrams/GWYc6a9pg8sPnvNt-5ADA5.png

No diagrama acima está representado o meu PLE.

Através de um browser instalado em meu PC (Chrome, IE ou Firefox), começo por aceder ao meu e-mail (hotmail ou gmail), onde tomo conhecimento das últimas e mais urgentes novidades, como por exemplo mensagens dos fóruns da plataforma Learning System Management - Moodle - do Mestrado em Pedagogia do Elearning da Universidade Aberta, o qual acedo em seguida para participar em algum fórum de discussão das unidades curriculares ou para verificar se outros fóruns foram abertos e ainda não os subscrevi. Para conversar com meus amigos ou colegas utilizo o Skype, mas não recuso a chamada se for no MSN ou do chat do Facebook. Neste costumo disponibilizar algumas fotos, manter contato com meus amigos mais distantes, publicar alguma curiosidade.

Quando necessito de realizar alguma pesquisas utilizo na grande maioria das vezes o Google e encontrando material de interesse, armazeno logo no Mendeley (biblioteca virtual), no Diigo ou no Delicious (social bookmarks) onde posso também partilhar com meus contatos os links ou materiais, fruto da minha pesquisa. O Youtube também está sempre presente em minhas pesquisas quando o meu interesse está voltado para conteúdo multimédia e o Flickr para partilha de imagens. Mas, quando a partilha é de ficheiros pdf ou doc, utilizo o Scridb ou o Slideshare

O SecondLife foi utilizado no módulo de ambientação no início do mestrado e embora no momento ando sem tempo de ir por lá dar umas voltas, não o posso descartar de citá-lo em meu PLE, uma vez que este revelou uma forma formidável de aquisição e partilha de conhecimentos.

No desenvolvimento de apresentações prefiro utilizar o Prezi. Contudo se o conteúdo já estiver no PowerPoint e quero-o colocar on-line, armazeno-o no Brainshark. Saliento que o Prezi, por ser uma ferramenta colaborativa, é ótimo para ser utilizado em trabalhos de grupo onde o produto final venha a ser apresentações.

O Twitter é fantástico para manter-se informado e partilhar assuntos do nosso interesse de modo rápido e direto. Muitas vezes denominado de rede social, seu objectivo e modo de trabalho é muito diferente de outras redes sociais, nomeadamente o Facebook ou o Orkut. Essa ferramenta foi trabalhada recentemente na unidade curricular Ambiente Virtual de Aprendizagem.

A utilização do LinkedIn (rede social com fins profissionais) é novidade para mim. Registei-me recentemente e estou a experimentá-lo. As possibilidades demonstradas pela ferramenta são interessantes: trabalho, oportunidades, redes de contatos.

Precisando elaborar algum trabalho de escrita colaborativa nada como uma wiki: PBworks ou Wikispaces são as minhas preferidas. Embora também utilize o Google Docs, ultimamente ele tem se revelado um pouco lento, o que o fez ser colocado de lado, entretanto mantenho-o em meu PLE devido a utilidade de suas funcionalidades.

Se preciso partilhar aquele ficheiro enorme e não cabe nos anexos do e-mail utilizo o Dropbox e partilho o link com meus contatos. No Dropbox posso armazenar em pastas os mais diversos tipos de ficheiros e partilhar cada pasta com contatos distintos. Muito bom e útil.

Os agregadores mantém-nos informados sem que tenhamos de aceder constantemente um site ou blogue para verificar se houve ou não atualizações. Se os subscrevermos através de um Feed, quando os blogues ou sites são atualizados, automaticamente recebemos a informação em nosso agregador, por exemplo o Google Reader. Criei recentemente um jornal no Scoop.it intitulado Educação Móvel. Ele comporta-se mais ou menos como um blogue, onde vamos postando notícias de outros locais (blogues, sites ou mesmo escrevendo nós próprios a informação). Fiquei na dúvida se o representava juntamente com os agregadores ou com meu blogue pessoal, mas como existe a possibilidade de seguirmos outros “jornais” do Scoop.it e somos constantemente informados das atualizações, penso que dessa forma ele também se comporta como um agregador.

Classifico as ferramentas Web 2.0 numa imagem única para representar todas aquelas ferramentas disponíveis na Web que necessitamos esporádica e pontualmente, seja para a elaboração de um podcast, screencast, ou outras atividades. Destas, destaco a que utilizei na elaboração do diagrama acima – Cacoo. Não a conhecia, foi mais umas dessas que se encontra na imensidão de possibilidades da Web.


Meu PLE também abrange ferramentas a serem utilizadas localmente, podendo o meu browser estar off-line. Nestas ferramentas incluo o Windows Office (Word, Excel, PowerPoint, entre outros), ferramentas para tratamento de ficheiros pdf (leitura,  junção, criação, desbloqueio), ferramenta para criação de vídeos - MovieMaker e ainda ferramentas para compactação/descompactação de ficheiros, entre outras. 

E finalmente, depois da pesquisa realizada, conteúdo desenvolvido (seja este colaborativo ou individual, on-line ou off-line),  através do navegador web acedo meu  blogue  e disponibilizo este conteúdo à minha rede. Confinado no blogue está o Twitter, com minhas últimas mensagens e o Scoop.it, podendo redirecionar ao meu jornal (ou agregador de noticiais, como referi acima). 


É de salientar a necessidade constante de reformulação/alteração de um PLE. Neste tem de estar presentes ferramentas facilitadoras de aprendizagem e, logicamente, se o foco de uma aprendizagem se altera, alterarão também as ferramentas do nosso PLE. Considero ainda o surgimento constante de novas aplicações na web que superam por vezes as existentes, substituindo-as.


Fontes consultadas:


Attwell, G. (2007). Personal Learning Environments - the future of eLearning?. eLearning Papers vol. 2, nº 1. Disponível em: http://www.elearningeuropa.info/files/media/media11561.pdf. [acedido em novembro de 2011].

Downes, Stephen. Learning networks in practice. National Research Council of Canada. Disponível em: http://www.downes.ca/files/Learning_Networks_In_Practice.pdf. [acedido em novembro de 2011].

Edtechpost. Disponível em: http://edtechpost.wikispaces.com/PLE+Diagrams. [acedido em novembro de 2011].

Mota, José. (2009). Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito. Revista Educação, Formação & Tecnologias. Disponível emhttp://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/105/66. [acedido em novembro de 2011].

Sclater, Niall. (2008). Web 2.0, Personal Learning Environments, and the Future of Learning Management Systems (Research Bulletin, Issue 13). Boulder, CO: EDUCAUSE Center for Applied Research. Disponível em: http://net.educause.edu/ir/library/pdf/ERB0813.pdf. [acedido em novembro de 2011].




domingo, 30 de outubro de 2011

O papel do professor em contexto on-line

EAD

A evolução da sociedade trouxe consigo a criação de novas ocupações profissionais, transformação ou extinção de outras e ainda a ramificação das ocupações existentes.

O papel do professor vem sendo redimensionado ao longo dos tempos. No passado, o professor era aquele que detinha todo o saber e era o transmissor deste saber. Isto correspondeu às necessidades da sociedade na época, uma vez que o conhecimento mudava muito lentamente. Este papel se foi alterando, moldando às necessidades e exigências da sociedade. Na sociedade atual, a sociedade em rede, tecnológica, o professor não é o único detentor e transmissor de conhecimentos e são lhes exigidos novas e cada vez maiores competências, tanto a nível pedagógico, intelectual e cultural. Hoje ele se torna cada vez mais um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos.

A necessidade de formação contínua e constante de grande parte dos indivíduos da sociedade é colmatada, atualmente, através dos novos meios tecnológicos. A educação a distância mediada pela Internet, o e-learning, trouxe consigo a necessidade de uma nova ocupação, o professor on-line. 
Da atuação deste há um consenso quanto a considerar ser a chave do sucesso do ensino on-line. (Morgado, 2004)

O ensino on-line assemelha-se a qualquer outro contexto educacional: as necessidades dos alunos são avaliadas, o conteúdo é prescrito, as atividades de aprendizagem são realizadas e estas são avaliadas. Neste contexto tem-se a vantagem de se poder explorar todos os recursos multimédia existentes, aceder a recursos Web (aplicações Web 2.0, redes sociais, mídias sociais, …), aceder a grandes repositórios de conteúdos de diversos assuntos, desde os produzidos pelos professores como também por colegas de estudo. Tudo isso facilitado pela possibilidade de ser acedido em qualquer hora e lugar, mediado pela Internet e por hardware adequado.

Anderson, Rourke, Archer e Garrison (2001) citado por Anderson (2008) delineiam três funções essenciais que um professor realiza no ensino presencial: desenho e organização das atividades de aprendizagem tanto antes do início como durante o funcionamento das atividades; concepção e implementação de atividades que incentivem o discurso entre todos os intervenientes: professor-aluno, alunos-alunos, aluno-conteúdo; delegação de tarefas através de instruções diretas aos alunos (quando de nível superior) de modo que eles próprios contribuam e construam a sua aprendizagem e a do grupo. Além dessas, acumula também a função de avaliador e de certificador das aprendizagens dos alunos. (Anderson, 2008)

Segundo Morgado (2001) as áreas de intervenção de um professor on-line englobam: aspectos pedagógicos –  “fazer perguntas; dar exemplos e modelos; orientar e sugerir; promover a reflexão; orientar os estudantes na exploração de outras fontes de informação; estimular os estudantes para a justificação/explicação e elaboração das suas ideias; dar feedback; proceder à estruturação cognitiva das tarefas; sumariar”; aspectos de gestão – tarefas de organização e planificação do curso e atividades de aprendizagem; aspectos sociais – criação e desenvolvimento de um ambiente propício à aprendizagem; aspectos técnicos – contribuir para a transparência dos meios tecnológicos para que seja possível ao estudante concentrar-se nas atividades de aprendizagem.


A concepção e construção do curso, as atividades de aprendizagem, os critérios de avaliação constituem a parte inicial de intervenção do professor on-line. Os conteúdos criados devem ser alterados e reorganizados, se necessário, para melhor se adequarem e corresponderem as perspectivas do grupo em questão. Da mesma forma, também há a necessidade do professor estimular, orientar e apoiar a aprendizagem contínua do grupo como um todo e em casos individuais. Essas tarefas traduzem-se na elaboração de várias atividades de aprendizagem que visem o incentivo ao estudo individualizado e independente, que explore profundamente o conhecimento do conteúdo, diversifique a avaliação formativa e também promova a abertura para negociação de prazos para conclusão das atividades. (Anderson, 2008).

Como uma das tarefas iniciais do professor on-line, também se considera o desenvolvimento do senso de confiança e segurança dentro do seu grupo de aprendizagem. Essa tarefa deve ser conduzida de forma que os alunos sintam-se apoiados e principalmente incentivados a continuar o seu percurso formativo, mediando o discurso entre alunos, ajudando na busca ou utilização de recursos tecnológicos desconhecidos pelo grupo ou por algum elemento do grupo. Ao final da fase inicial, todos os alunos devem se sentir preparados, informados e motivados, sentirem-se plenamente confortáveis no grupo ao qual pertencem e disso depende a condução correta dos discursos e orientações do professor, respondendo ou conduzindo a respostas corretas, atempadamente, não permitindo o sentimento de solidão do aluno. Na educação on-line, o professor deve adotar um papel de facilitador ou moderador - alguém que encoraja a participação e mantém a discussão focada nos tópicos necessários.

Como refere Shepherd (2003), citado em  Rodrigues (2004):
 “a investigação está constantemente a reforçar a importância dos eformadores para o sucesso dos cursos online. Os cursos que oferecem melhor suporte têm as mais baixas taxas de desistência e os alunos mais satisfeitos”.  

Dessa forma um professor on-line deve possuir um amplo leque de competências e habilidades: autor, assistente, assessor, facilitador, mediador, mentor, motivador, parceiro, tutor, avaliador e ter capacidades técnicas suficiente para navegar e contribuir de forma eficaz dentro do contexto de aprendizagem online. A atuação e desempenho do professor on-line são decisivos para garantir o sucesso de qualquer formação on-line.

Segundo Dias A. et al. (2004) “não há receitas em e-learning e cada contexto e situação exige respostas adequadas e específicas a esse contexto de utilização”. Contudo a motivação e encorajamento dos formandos devem continuar no centro das atenções dos professores on-line do início até ao final do curso.


Bibliografia:

Anderson, T. (2008).Teaching in an Online Learning Context. Disponível em: http://www.aupress.ca/books/120146/ebook/14_Anderson_2008-Theory_and_Practice_of_Online_Learning.pdf. [acedido em outubro de 2011].

Dias A., Dias P., Gomes M.J.(2004). e-Learning para e-formadores: Formação de Docentes
Universitários. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/666/1/eLES-DDG.pdf. [acedido em outubro de 2011].

Lima, J. (1996). O Papel do Professor nas Sociedades Contemporâneas. Disponível em http://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC6/6-3-lima.pdf. [acedido em outubro de 2011].

Morgado, L. (2001). O Papel do Professor em Contextos de Ensino On-Line – Problemas e Virtualidades. Disponível em: http://www.univ-ab.pt/~lmorgado/Documentos/tutoria.pdf. [acedido em outubro de 2011].

Rodrigues, E. (2004). O papel do e-formador (formador a distância). Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6412/3/Cap%C3%ADtulo%204-%20O%20Papel%20do%20e-formador.pdf. [acedido em outubro de 2011].

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Uma reflexão acerca da pedagogia do e-learning

Há muito se vê a evolução do ensino a distância (EaD) e a dimensão assumida dessa nova forma de ensinar e aprender é cada vez mais evidente. Esse crescimento tem como premissa principal a necessidade das pessoas se tornarem cada vez mais capacitadas ao longo da vida, não bastando apenas formarem-se num ensino regular e utilizar a formação adquirida, ao longo da vida. As exigências das empresas e até mesmo da sociedade são cada vez maiores e isto se reflete no crescimento do ensino a distância.

Podemos referir que o ensino a distância hoje absorve ou engloba todas as tecnologias anteriormente utilizadas nessa modalidade, ou pelo menos tem ao seu dispor, como refere Terry Anderson e Jon Dron no artigo Three Generations of Distance Education Pedagogy: “It should be noted that none of these generations has been eliminated over time; rather, the repertoire of options available to DE designers and learners has increased. Similarly, all three models of DE pedagogy described below are very much in existence today.

Mas afinal, ensino a distância e e-learning são sinónimos? Gomes (2005), em sua reflexão sobre o tema, refere não ser correto torná-las sinónimos e há a necessidade imperiosa desses conceitos serem bem definidos para que o diálogo entre todos os intervenientes no processo de ensino/aprendizagem “corresponda a uma partilha de perspectivas conceptuais”. Refere ainda que:

o e-learning, do ponto de vista tecnológico está associado, e tem como suporte, a Internet e os serviços de publicação de informação e de comunicação que esta disponibiliza, e do ponto de vista pedagógico implica a existência de um modelo de interação entre professor-aluno (formador-formando), a que, em certas abordagens, acresce um modelo de interação aluno-aluno (formando-formando), numa perspectiva colaborativa.” (Gomes, 2005)

De fato, o e-learning é uma estratégia formativa que pode vir a ser a solução para problemas educativos tais como o isolamento geográfico e gestão alargada do tempo disponível para a formação. É legítimo afirmar que a facilidade proporcionada pelos meios tecnológicos atuais vieram facilitar o crescimento do ensino a distância para a “versão” em e-learning. As variedades de ferramentas existentes na Web, proporcionadas pela Internet, tornam-se pontes efetivas entre o conhecimento e a vontade de saber, contudo segundo uma colega de mestrado, Maria Filomena Pestana: “…são as atividades e não as plataformas que concretizam os ambientes de aprendizagem…”. Dessa forma torna-se fundamental a formação de pessoas capacitadas que tenham domínio completo não só das ferramentas tecnológicas disponíveis para a ensino/aprendizagem por e-learning como também a formação pedagógica que dará base para essas pessoas construírem atividades realmente importantes para a aquisição de conhecimentos.

Ao longo dos últimos 60 anos desenvolveram-se várias teorias de aprendizagem, cada uma tentando contextualizar a realidade que se observava no momento. Podem-se destacar três teorias principais que tentam entender/analisar o processo de aprendizagem considerando o contexto formal de ensino de cada época. Assim, conforme cita Albuquerque (2011):

Behaviorismo – teorias que consideram a aprendizagem como o resultado de uma relação funcional entre ambiente e comportamento, na qual o sujeito é passivo neste processo e que deverá apresentar as respostas corretas, sem levar em consideração o que ocorre em sua mente durante o processo de aprendizagem, ou seja, é um mero reprodutor de tarefas e informação. A aprendizagem é uma mudança de comportamento observável.

Cognitivismo/construtivismo – teorias que encaram a aprendizagem como um processo de construção de conhecimento pelos processos mentais utilizados para essa construção, tais como, o armazenamento, a compreensão e a transformação. A pedagogia tem como preocupação principal o desenvolvimento de meios para inserir o conhecimento, que é construído individualmente pela adaptação e organização, na memória do sujeito e, assim, garantir a aprendizagem.

Construtivismo social – teorias que definem a aprendizagem como um processo de incorporação de novos conhecimentos a experiência do indivíduo, processo que ocorre principalmente pela mediação. A cultura faz parte do processo de aprendizagem e o sujeito participa ativamente desse processo.” (Albuquerque, 2011)

Ainda segundo Albuquerque, as teorias citadas acima foram desenvolvidas numa época em que o ensino era unidirecional, professor-> aluno, “um ensinava e o outro aprendia”. Para se entender a aprendizagem em nossa era, a era digital, surge o Conectivismo, uma teoria de aprendizagem totalmente condizente com nossa realidade. Esta, segundo Mota (2009):

“postula que o conhecimento está distribuído numa rede de conexões e que, desse modo, a aprendizagem consiste na capacidade de construir essas redes e circular nelas (Downes, 03-02-2007)”.  

As teorias descritas acima, embora elaboradas em fases diferentes, não podem ser postas de lado, simplesmente porque o que vemos hoje é um acumulo do que vem ocorrendo ao longo dos anos. Nada do que se utilizou foi posto de lado, muitos métodos e tecnologias convivem juntos para facilitar todo o processo de ensino/aprendizagem. Dessa forma, tanto as teorias mais anteriores como também o Conectivismo (que por alguns autores não é considerado nem sequer uma teoria) devem ser levadas em conta para a construção de todo o processo formal de e-learning, desde a construção de materiais instrucionais, os métodos de avaliação a serem utilizados, elaboração de atividades de cunho colaborativo, entre outros. No ensino em e-learning, a aprendizagem colaborativa formal intermediada pelas redes baseadas e suportadas pela Internet tornam-se essenciais para a construção efectiva ou alargamento do conhecimento. Os conteúdos abertos, bem como os recursos educativos abertos, proporcionados pela licença Creative Commons, a partilha de informações através de várias ferramentas Web, denominadas de Web 2.0, tornam-se essenciais para a construção da rede, rede esta que impera o aluno, o aprendente, e este, ora absorve informação, ora se torna ele próprio o autor de informação, inserido numa grande malha de colaboração e partilha fazendo circular e crescer a rede da qual faz parte.

Conclusão
Vivemos nitidamente na era onde impera a tecnologia, estando esta ao alcance de grande parte da sociedade. Este fato não pode ser ignorado e desperdiçado. Há de se potencializar seu uso na educação, colocando-a a serviço de todos. Contudo isto não basta, a preocupação com a aprendizagem efetiva, a elaboração de materiais instrucionais adequados, a formação de professores ou tutores nesta modalidade de formação (e-learning) é imprescindível. Não se pode descurar de forma alguma das necessidades e características dos estudantes, os quais são o motivo central de todo este processo, o centro da rede. Quem pensa que apenas a tecnologia basta, engana-se. O descaso com a estrutura pedagógica adequada e necessária para essa modalidade de ensino (e-learning) é um erro e deste pode-se advir grande número de abandono e insucesso por parte dos estudantes.

Bibliografia

Albuquerque, Rita. (2011). Conectivismo na era digital. Disponível em: http://www.sophia.org/packets/conectivismo-na-era-digital. [acedido em outubro de 2011].

Anderson, Terry, Dron, Jon. (2011). Three genarations of distance education pedagogy. Disponível em: http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/890/1663. [acedido em Outubro 2011].

Gomes, Maria João. (2005). E-learning: Reflexões em torno do conceito. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/2896/1/06MariaGomes.pdf. [acedido em outubro de 2011].

Mota, José C. (2009). Da Web 2.0 ao e-Learning 2.0: Aprender na rede. Dissertação de mestrado em Ciências da Educação, especialidade Pedagogia do e-Learning. Universidade Aberta, Portugal. Disponível em: http://orfeu.org/weblearning20/. [acedido em outubro de 2011].

Siemens, George. (2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. Disponível em: http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm. [acedido em outubro de 2011].

Siemens, George. (2008). A brief history of networked learning. Disponível em: www.elearnspace.org/Articles/HistoryofNetworkLearning.rtf . [acedido em outubro de 2011].